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Fitti-Vê O "Fitti-Vê" foi o carro com maiores participações na "Fórmula-Vê", assim como o com melhores resultados., e juntamente com o "Aranae" (depois Sprint depois BRM) foram os dois carros com maior número de veículos produzidos. Inicialmente apresentado no Salão do Automóvel de 1966, tinha um "design" diferenciado, mais baixo e com a carenagem mais estreita que os outros carros, sendo fabricados pelos irmãos Wilson e Emerson Fittipaldi. Passou por algumas pequenas alterações durante sua fabricação, além de pequenas modificações promovidas pelos proprietários de cada carro. Inicialmente com o tanque de combustível atrás do banco do piloto, passou a seguir a ter dois tanques de combustível estreitos nas laterais, estendendo-se estes tanques da linha do painel até a linha da suspensão dianteira. Nos carros com tanques laterais, alguns possuíam dois bocais de abastecimento à frente do painel, o que obrigava a retirada da carenagem superior para abastecimento, e outros apenas um bocal, atravessando o para-brisas, permitindo o abastecimento sem a retirada da carenagem. Os primeiros Fitti-Vê utilizavam um painel com a parte superior arredondada, enquanto que os últimos utilizavam um painel mais estreito, o mesmo utilizado nos modelos "Fitti-Vê M2" Na "4a etapa do Campeonato Brasileiro de 1967", Rio de Janeiro, em 17 de dezembro de 1967, Emerson Fittipaldi utilizou algumas modificações no carro, como o nariz aberto e a mudança de angulo das molas na suspensão traseira. A "Fittipaldi", fabricante dos carros, lançou um segundo modelo em 1968, o "Fitti Vê M2", bastante diferente dos primeiros carros (Fitti-Vê M2). Estima-se que foram fabricados em torno de 50 carros "Fitti-Vê". Na reportagem do lançamento do "Fitti-Vê M2" de fevereiro/1967 (Fitti-Vê M2), é comentado que haviam sido fabricados em torno de 30 carros. Provas de que participaram carros Fitti-Vê
Revista "Auto Esporte" Nº 27, Janeiro/1967, Capa, e páginas 14 à 18 Revista "4 Rodas" Nº 78, Janeiro/1967, página 32
O primeiro "Fitti-Vê" exposto no Salão do Automóvel de 1967, carroceria ainda em alumínio Wilson Fittipaldi com o primeiro "Fitti-Vê" Observação: atenção para os bocais de enchimento dos tanques no primeiro carro, na altura dos ombros do piloto O primeiro chassis Vista traseira do primeiro carro Revista "Auto Esporte" Nº 34, Agosto/1967, página 36 Na sua estréia na "Fórmula Vê", Wilson Fittipaldi (o projetista dos irmãos Fittipaldi), correu com um "Fitti-Vê" com algumas modificações. Este carro apresentava os amortecedores traseiros colocados em um angulo diferente, a carenagem superior do carro apresentava também um novo formato, mais alto e arredondado, com um novo para-brisas em duas peças, o nariz com outro formato, e a caixa de direção era fixada no tubo superior da suspensão dianteira (Os "Fitti-Vê" originalmente tinham a caixa de direção fixada o tubo inferior, o que deixava os braços de direção num angulo muito aberto. Certamente este carro serviu como desenvolvimento para o futuro modelo "Fitti-Vê M2" Este carro participou de três provas, sempre com o número "77": 1. 3a Etapa do Campeonato Brasileiro, em 13/agosto/1967, com Wilson Fittipaldi 2. Prova amistosa, em 20/agosto/1967, com Emerson Fittipaldi, Observa-se claramente na foto acima a nova carenagem superior mais alta e arredondada, e os braços de direção em posição mais hotizontal devido à colocação da caixa de direção no tubo superior da suspensão. Na foto abaixo á direita, observa-se claramente sob as letras "RD" do patrocínio "Bardhal", o "calombo" para criar espaço para a caixa de direção montada no tubo superior da suspensão. 3. 500 Quilômetros de Interlagos, em 10/setembro/1967, novamente com Wilson Fittipaldi Após estas três provas este carro não mais apareceu em nenhuma prova. Emerson voltou a correr com um Fitti "normal" por mais 3 provas em 1967 e a primeira prova de 1968, e posteriormente correu apenas a "1a Etapa do Campeonato Brasileio" em 18/agosto/1968 com um "Fitti-Vê M2". Wilson Fittipaldi participou apenas de mais uma prova de Fórmula Vê, o "GP de Campinas" em 18/fevereiro/1968, quando estreou o "Fitti-Vê M2". Fitti-Vê - carros com modificações Alguns carros apresentam diferenças em relação ao padrão dos carros. Algumas destas diferenças podem ter se originado na própria fabricação, ou então terem sido feitas pelos próprios pilotos/equipes. Os carro "Fitti-Vê eram vendidos em kit, logo na sua montagem poderiam ser feitas algumas modificações. 1. Tanque de combustível - os tanques de combustível dos "Fitti-Vê" eram dois, situados nas laterais do carro ao lado das pernas do piloto. O próprio Wilson Fittipaldi comenta algumas modificações, informando que no início era utilizado um tanque apenas atrás do piloto, e posteriormente teriam sido adotados os dois tanques. Como havia problemas para a alimentação do motor, a seguir foi adotado um tanque "catch" atrás do banco, para onde o combustível era direcionado, antes de seguir para o motor. Os carros com os dois tanques de combustível nas laterais ostentavam alguns apenas um bocal para enchimento, sob a chapa do painel ou atravessando o para-brisas. Observação: o primeiro carro (protótipo) tinha os bocais de enchimento dos tanques na altura dos ombros do piloto (veja foto pouco acima). Dois tanques laterais, com bocal de enchimento único central, à frente do painel Dois tanques laterais, com bocal de enchimento único externo atravessando o para-brisas Carros de José Carlos Pace "Moco" (2) e de "Cacaio" (11) na prova "500 Km de Interlagos", em 10/setembro/1967, com tanque traseiro com abastecimento externo. 2. Caixa de direção - a caixa de direção dos "Fitti-Vê" era fixada no tubo inferior da suspensão dianteira. Isto fazia os braços de direção trabalharem num angulo muito pronunciado, dificultando a dirigibilidade. O próprio Wilson Fittipaldi adotou em um dos carros (veja capítulo "Fitti-Vê Modificado" acima) a caixa de direção fixada no tubo superior da suspensão dianteira, solução também adotada no posterior "Fitti-Vê M2". Carro de Maneco Cambacau na prova "500 Km de Interlagos", em 10/setembro/1967, com a caixa de direção presa ao tubo superior da suspensão dianteira. Observa-se o "calombo" para a caixa, e a posição dos braços de direção, mais horizontais. 3. Painel de instrumentos - os primeiros carros "Fitti-Vê" apresentavam um painel de instrumentos em formato de arco. Posteriormente alguns carros passaram a não mais possuir o tubo superior, sendo o painel mais estreito e com outro formato. Este painel é o mesmo encontrado nos "Fitti-Vê M2". Painel em arco, normal desde os primeiros "Fitti-Vê". Painel sem o tubo em arco na parte superior, mais estreito, idêntico ao painel utilizado nos "Fitti-Vê M2". Note-se ainda neste carro a ausência do tubo de reforço em diagonal na parte superior frontal do chassis. 4. Para-brisas lateral - Alguns pilotos retiravam os para-brisas laterais. Eram relativamente frágeis, fácil de quebrar. Henrique Fracalanza (9) sem o para-brisas lateral na "3a Etapa do Campeonato Carioca" de 1967, em 12/nov/1967. 5. Carenagem do motor - Duas carenagens diferentes de motor foram utilizadas no Fitti-Ve. - A primeira carenagem, saindo alinhada da parte traseira do cockpit, com recortes nas laterais para a passagem dos tubos do chassis e do escapamento. - A segunda carenagem, saindo do alinhamento da parte inferior da cabine, com laterais retas, mais fechada dos lados e com um perfil totalmente arredondado. Esta carenagem foi utilizada pela primeira vez no "Fitti-2" (Fitti-Vê modificado), e depois passou a ser utilizada pelos carros da equip0e Fittipaldi. Filme com o lançamento do "Fitti-Vê" (formato .flv, 7.209 Kb)
Autoria das imagens desconhecida, recuperação das imagens "Video Mundi", Direção Nelson Pasini Download de player para formato ".flv" - (Applian FLV Player 2.0) (2.507 Kb) Algumas imagens do filme acima |
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