Ultima atualização

02/Janeiro/2012

     

Cheetah

As primeira participações dos carros "Cobra" de Carroll Shelby em competições, arrasaram com o histórico de vitórias dos Corvette. As corridas que tinham domínio exclusivo dos Corvette, orgulho e alegria de Zora Duntov estavam sendo vencidas por este novo intruso com carroceria de alumínio. No início, os engenheiros que trabalharam para a General Motors pareciam ter uma resposta - os "Corvette Grand Sport", que tinham sido desenvolvidos nas "férias". Infelizmente para os fãs do Corvette, mesmo este patrocínio clandestina semi-oficial da fábrica, violava o cumprimento da proibição da "Automobile Manufacturer's Association" aos fabricantes, de participarem de competições. As coisas pareciam sombrias de fato, com os Cobras de Shelby vencendo prova após prova.

Se a fábrica não iria agir, então alguém teve que agir para isso. Essa pessoa era o californiano Bill Thomas, um piloto de Corvettes. Com suas credenciais de corrida e contactos com Ed Cole, então o principal homem da Chevrolet, Thomas parecia o homem certo para tentar parar os Cobras de Shelby.

O Cheetah de Bill Thomas foi um carro de rua/corrida construído no início e meados dos anos 60 pelo conhecido preparador de carros Chevrolet Bill Thomas, como um concorrente do Cobra de Carroll Shelby. O protótipo foi projetado e construído em grande parte por Don Edmunds, um empregado de Thomas, e por Bill que estava intimamente envolvido na coordenação do projeto. O financiamento veio de investidores privados, incluindo Thomas & John Grow, um revendedor Chevrolet em Rialto (CA). Na verdade, o primeiro carro pertenceu à John Grow. Usando seu envolvimento com corridas, Thomas arranjou uma assistência material da Chevrolet para os componentes principais - principalmente o motor de Corvette, transmissão, e eixo e diferencial traseiro.

Após a entrega dos componentes mecânicos, Edmunds desenhou um leiaute no chão de fábrica e começou a fazer as medidas. Com algumas linhas habilmente feitas com giz no chão, o esboço básico do chassi foi definido. Na verdade, todo o "projeto" original do Cheetah consistia em apenas alguns desenhos simples. Esta era o processo de Edmunds - esboçar o que ele pensava como o carro deveria ser, e então construir-lo. (A grande maioria dos mais de 600 carros que Edmunds construiu em sua carreira foram concebidos desta maneira. Somente seus últimos carros Indy envolveriam desenhistas profissionais.) A maior parte dos desenhos iniciais mostram cada componente principal em forma de bloco, com suas dimensões principais marcadas. Definida a forma básica do chassis, Edmunds começou a desenhar a carroceria. Edmunds mostrou seus desenhos para Thomas, e após algumas pequenas alterações, foi dada a luz verde para começar a construção do que foi originalmente concebido para ser um carro de passeio "chocante", ou exercício de estilo. Thomas queria um protótipo para mostrar para à GM, o nível do trabalho que sua empresa poderia fazer - tudo na esperança de ganhar um contrato de trabalho adicional. Algum tempo depois começou a construção. Thomas decidiu que o carro seria também para competir, de forma a aprimorar o conceito do carro. Essa mudança na forma de uso do carro, foi parcialmente responsável pelos problemas que surgiram na flexibilidade do chassis quando o carro começou a competir.

Uma vez que Edmunds tinha um chassis pronto, ele construiu uma estrutura em madeira da carroceria para enviar para a "California Metal Shapers", sobre a qual seria moldada a carroceria. Depois que a carroceria bruta retornou para a oficina de Thomas, esta foi terminada por Don Borth e Edmunds. Um segundo carro também foi construído com a carroceria em alumínio, mas o restante dos carros foram feitos em fibra de vidro. Estas carrocerias de fibra de vidro foram produzidos por duas empresas diferentes - "Contemporary Fiberglass"e "Fiberglass Trends".

Nota: o segundo carro de alumínio seria o carro que viria a ser vendidos à Chevrolet para fins de avaliação. Acredita-se também que esse é o mesmo carro que Thomas comprou de volta da Chevrolet, e que serviu como base para o "Super Cheetah", que nunca foi terminado.

O chassis foi construído pela "Drawn Over Mandrel (DOM)" em tubos de aço-cromo com soldagem elétrica. O desenho do carro era incomum, para um motor dianteiro,  pois o motor era montado tão recuado no chassis que a saída da transmissão era conectada diretamente à entrada do diferencial, sem o uso de um cardam. Com o motor posicionado dessa maneira, as pernas do motorista ficavam ao lado do motor. Para que isso funcione, as saídas do escapamento passam por cima das pernas do motorista e passageiro. A parte superior das caixas para os pés foram feitas curvas, a fim de permitir a passagem dos escapamentos feitos a mão por Edmunds. Este projeto permitiu uma distribuição de peso frente/atrás próximo de um carro com motor central, sem os custos da montagem de uma caixa de marchas traseira. Infelizmente, esse estilo também significou que a cabine seria extremamente quente, uma questão que se tornaria em um problema para os Cheetah na pista.

A história da Cheetah em corridas não é particularmente notável, já que o carro sofreu com os inúmeros problemas de  qualquer projeto novo. Jerry Titus era um defensor da Cheetah como jornalista contribuindo para revista "Sports Car Graphic". Ele iria também dirigir o Cheetah da fábrica em suas primeiras corridas. Outro piloto notável foi Ralph Salyer que possuiu e dirigiu o Cheetah de corridas de maior sucesso, no qual ele ganhou vários eventos menores. Seu carro era conhecido como o Cheetah "Cro-Sal", em homenagem ao seu mecânico Gene Crowe & Salyer. Ele também se tornou o o único Cheetah "roadster", após Crowe cortar o teto do carro para fazer com que  Salyer não sofresse como enorme calor acumulado na cabine

Além de cozinhar o motorista, o motor também estava propenso a superaquecimento, devido em grande parte à inexistência de aberturas para extrair o ar quente para fora do compartimento do motor. Eventualmente os problemas de superaquecimento foram resolvidos usando um radiador maior dos Pontiac NASCAR, cortando várias configurações de buracos no capo, e abrindo totalmente a parte de baixo, e por último, adicionando spoilers para tirar o ar quente para fora debaixo do capô. Outro grande problema foi devido à mudança no meio do caminho, dos propósitos para o carro. Originalmente concebido como um veículo conceitual, para uso na rua, o chassis não tinha a rigidez necessária para corridas. Como resultado, o veículo era difícil de dirigir, até para pilotos experientes como Jerry Titus. O aumento de potência só piorava os problemas. Sob forte aceleração, os braços traseiros inclinavam para fora, permitindo que as rodas traseiras se abrissem. Proprietários do carro conseguiram melhorar seu manuseio, adicionando reforços e triangulação ao chassis, junto com chapas soldadas nos braços traseiros, de forma a reforça-los.

Apesar de algumas dificuldades para uso nas estradas, poucos carros poderiam alcança-lo em uma linha reta, devido à sua mecânica preparada por Thomas. Em pistas de dragsters, o carro era claramente superior aos Cobra 427.

Um incêndio na fábrica destruiu o molde original da carroceria de madeira compensada, o carro dragster da fábrica e uma parte do estoque de peças sobressalentes, contribuindo assim para a eventual extinção do carro. Outro fator para o final da produção foi devido a adesão da GM à não participação de fabricantes em corridas de automóveis, matando projetos paralelos como o Cheetah e o fornecimento de peças. Quando o fornecimento de peças parou, não havia como Thomas conseguir o número de carros necessários para a homologação para corridas, que passou de 100 para 1.000 unidades. Por último, o projeto de carros de corrida foi evoluindo, e a utilização de motor central representou o caminho para o futuro. Para ilustrar este ponto, aproximadamente no mesmo período de tempo, os Shelby Daytona cupês foram tornados obsoletos pelo Ford GT40.

Os carros originais restantes hoje são itens de colecionador altamente desejáveis. Não há registros oficiais documentando o número exato de carros produzidos, mas as melhores estimativas indicam um máximo de 16 até 29 carros construídos, em diferentes graus de conclusão e de configuração.


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